segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

30ª Volta ao Cristo

Mais um domingo de alegria. Geralmente é assim quando tem corrida. Quando a prova é especial como a Volta ao Cristo de Poços de Caldas-MG então, melhor ainda. Foi minha segunda participação na prova que estava completando sua 30ª edição. A prova é tradicional. É simples, sem muitos mimos aos corredores, mas muito bem organizada. Atrai os corredores pelo desafiador belo percurso. Aqueles que ainda não fizeram a prova programem-se para 2013 e venham encarar uma “subidinha” porreta.




Agitei e “divulguei” entre os amigos a prova desde o ano passado. Foram seis os malucos que caíram nessa e toparam enfrentar o desafio. Saímos de Araras em direção à cidade mineira por volta das 5:15 em três carros. Eu, Keli (minha esposa e sempre companheira nas loucuras), Cesinha, Duzinho, Dirceu, Júlio, David e Ana Paula (esposa do David, que trouxe seus pais para a aventura). O Seu Mário nos encontraria por lá. Foram aproximadamente 150Km de viagem até chegarmos ao Estádio Doutor Ronaldo Junqueira, o Ronaldão, local onde ocorreria a largada e a chegada da prova. Por volta das 7:00, estacionamos em frente ao estádio e com calma fomos retirar o número de peito e o chip da prova. Os que saíram de casa sem tomar café resolveram fazer uma boquinha na cantina do estádio, montada para atender os corredores. O tonto que vos fala embarcou nessa e resolveu encarar um lanchinho rápido. Não tinham opções muito saudáveis né...rs. “Lembrei” do assado com recheio de frango que comi por pelo menos 5 Km. Mais uma lição aprendida. “Alimentados”, trocamos de roupa e ficamos de bobeira nos arredores do estádio até a largada.

David, eu, Duzinho, Cesinha, Júlio e Dirceu

O percurso apresenta o grande diferencial dessa prova. Não sei exatamente as marcações de cada km, mas são aproximadamente, 5K no plano, 4,5K em subida, 5K em descida e 1,5K no plano novamente, com direito a chegada triunfal dentro do estádio. Larga-se de frente o estádio Ronaldão em direção ao centro da cidade. Este trecho é muito agradável por sinal, pois os moradores da cidade incentivam bastante os corredores. Deste ponto pra frente é melhor nem olhar pra cima, porque a subida é grande, aumentando aos poucos sua inclinação. Chegamos à estrada que leva ao Cristo e subimos, subimos e subimos. Por volta do km 9 ou 9,5 atingimos o ponto mais alto da prova, com 1615m. Pra se ter uma ideia partimos de uma altitude de 1180m. A partir daqui é praticamente só descida, primeiro por uma estrada de terra e depois pelo asfalto. Mais um 1,5K no plano e completamos a prova.


Largamos pontualmente às 09:00. A estratégia estava traçada. Já conhecia o percurso e sabia que qualquer exagero seria cobrado durante a subida. Eu, Cesinha e Seu Mário corremos praticamente juntos durante o trecho plano da prova. Ao contrário da edição de 2010 deixei o mosquito da dengue bem pra trás (um corredor fantasiado). Tá lembrado Murilão? O clima estava muito agradável e os termômetros ao longo do percurso marcavam 20º. Passei por esse trecho sem sentir qualquer desconforto. Ao começar a subida a prova parece começar pra valer. A subida é contínua, saindo do centro da cidade até o Cristo. É pesada, é sofrida, mas é espetacular. Antes de adentrarmos à estrada que nos levará ao Cristo, uma boa hidratada e um chup-chup de garapa. Rsrsrs ... nunca tinha visto nas provas, mas foi bom demais. Tinha também de água de coco. Glicose na “veia” e “sangue no zóio”. Só quem já fez a prova sabe a dificuldade dessa subida. Tinha me esquecido o quão forte ela é. Lá pelo 8,5 km uma musiquinha, que lembrava as bandinhas antigas animava os corredores. Mais alguns metros morro acima e avistávamos o Cristo. Pouquíssimo aproveitei a bela visão lá do alto e parti por uma estradinha de terra cheia de pedregulho, buraco e com alguns pontos de lama. Soquei a bota pra tentar recuperar o tempo perdido na descida. Uma placa no caminho alertava Cuidado: descida perigosa. Voltamos ao asfalto e a descida continuava, agora mais intensa. A coxa direita começou a “reclamar” da forte descida. Passamos por alguns bairros, descendo até voltarmos ao plano próximos do km 15. Faltava apenas um km, mas a força tinha se sumido. As pernas travaram e o ritmo despencou, mas cheguei.

A chegada triunfal ocorre dentro do estádio no qual largamos. Alguns metros e cruzamos o pórtico de chegada. O sofrimento acaba ali e somos contagiados pela alegria. Nas arquibancadas o pessoal aplaude, os amigos incentivam e você faz pose pras fotos. Chegamos...somos vencedores. Completei a prova em 1h 32’ 43”, bem melhor que a 1h 55’ 38” da minha participação em 2010. Ano que vem espero estar de volta.

A medalha

Encontrei nessa prova muitos amigos. Fica aqui o meu abraço e o desejo de encontrá-los em outras oportunidades. Valeu Antonio Colucci, Odila Noronha, Sueli Silva, Robson Tagliari, Fabio Leone, Mario Henrique e Vicent Sobrinho.

Vicent Sobrinho e eu   


Antonio Colucci e eu

Odila Noronha, Sueli Silva e eu

Eu, Mario Henrique, Fabio Leone e Robson Tagliari

Na volta pra casa, uma paradinha em Águas da Prata para comer um pastel, uma pamonha, um bolinho e zarpar. Só posso dizer que teve bão.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

2ª Corrida de Rua Sayão F.C.

Amigos, demorou mas finalmente decidi começar meu blog. Leio os textos de diversos colegas sempre buscando relatos, novidades e dicas sobre a corrida, seja ela na rua, em trilhas, nas montanhas ou até mesmo dentro de prédios e agora espero que curtam os meus (sem pressão...rs). A ideia desta ferramenta é trazer os relatos acerca das provas que participei, dos treinos que fiz e de produtos destinados ao corredor, que comprei, testei e aprovei ou não ... rs. Nesta primeira postagem trago minhas impressões acerca da 2ª Corrida de Rua Sayão F.C., realizada no último dia 22, aqui em Araras-SP. Além de representar minha 80ª participação em provas, marcou o início da temporada 2012 de corridas.

A segunda edição da prova visava comemorar os 49 anos do Clube Sayão F.C. e trazia em relação ao ano anterior um número consideravelmente maior de inscritos, contando com uma divulgação bem legal, feita especialmente, pelo amigo Murilo Grossi. Soma-se a isso o fato de janeiro ter poucas opções de provas na região e o atrativo da gratuidade na inscrição.


É engraçado correr em casa. Digo isso, pois estou acostumado, junto com os amigos, a percorrer a região em busca de provas. Aquela rotina dominical: mochila preparada na véspera, acordar às 5 da matina, pegar a estrada e por aí vai. Como a corrida era no quintal de casa, deu pra acordar com tranqüilidade, tomar um cafezinho sossegado, sair sem pressa, correr e voltar mais cedo pra curtir o domingão. 

O percurso era de 5K (no GPS 4.760m) em torno do Clube teve dificuldade moderada. Valia a pena uma análise prévia por parte dos corredores já que os trechos planos eram poucos, prevalecendo assim as subidas e descidas. Simplificando, seriam aproximadamente 2K em descida e plano, 1,5K em subida e uma pequena reta e 1,5K em uma descida bem longa, uma reta e uma subidinha leve. A prova não tinha chip nem qualquer outro sistema de cronometragem e o número de peito era de pano, devendo ser devolvido ao fim da corrida, para utilização futura.

Fonte: http://rungagorun.blogspot.com/

Largamos por volta das 9:00 debaixo de um tempo agradável. O percurso nos “obriga” a acelerar logo de cara já que nos deparamos com um longo trecho de descida. Larguei um pouco mais atrás, cauteloso, já que não queria me machucar. Vinha de um mês de férias, nas quais os km diminuíam e os kg aumentavam...rs. No primeiro km, praticamente só descida, acabei indo no embalo e nem olhei para o GPS (se tivesse olhado constataria um ritmo irreal). Em direção ao segundo km seguimos por um trecho plano que nos leva à uma leve subida e uma nova reta. Acabou aqui a moleza, já que a subida é cruel. Uma longa e forte subida que parece não acabar, seguida de uma reta e uma curtíssima inclinação até ao Paraíso, no caso uma descida abençoada. Restando pouco pra acabar a descida já cruzamos o quarto km e o último km é só alegria...força no plano e como não poderia faltar, mais uma subidinha para completar a prova. Ao longo do percurso tínhamos dois pontos de hidratação e um outro onde recebíamos uma “senha” para comprovar nossa passagem. Estava acostumado com o percurso já que treinamos parte deste trajeto às terças e quintas com a equipe do Sayão, da qual faço parte, mas faltou força devido ao tempinho parado. Meu tempo, 21’ 20” para início de temporada até que foi legal.

Na chegada recebemos água, gatorade (raridade na maioria das provas), um saquinho com uma maça, uma banana, a medalha (que poderia ter sido entregue de maneira diferente) para os 300 primeiros, e uma camiseta para os 200 primeiros. Aproveitei para tirar algumas fotos e conversar com os amigos, em especial àqueles que moram em outras cidades e vieram prestigiar a prova. Valeu Robson, Fabio, Anderson (rungagorun.blogspot.com) e tantos outros que conheci e fiquei conversando após a corrida.

Equipe de Corrida Sayão F.C.

Rafael, eu, Ricardo e Maik.

No geral, a prova foi bem legal. Fica o aprendizado para 2013 em alguns pontos que devem ser melhorados. A premiação, por exemplo, é um aspecto que merece atenção, já que ocorreu uma grande confusão na apuração dos resultados. Ficam aqui minhas desculpas aos prejudicados e a informação de que o Clube já está providenciando a confecção de novos troféus e a entrega à seus devidos merecedores.

A medalha

Espero que essa seja a primeira de muitas postagens e que a temporada de 2012 seja satisfatória pra todos nós que curtimos correr, nadar e pedalar. Sem mais, só posso dizer que teve bão!!!